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| Imagem Ilustrativa (Portas Abertas) |
Um culto cristão na cidade de Nohar, no estado indiano de Rajastão, terminou em violência no fim de setembro, quando uma multidão de extremistas hindus invadiu o templo, agrediu fiéis e fez o pastor Wazir Singh de refém. Após o ataque, a polícia prendeu o pastor e o acusou de incitar ódio religioso, segundo informações do Morning Star News.
Mulheres hindus lideraram a invasão, seguidas por homens que atacaram homens, mulheres e crianças cristãs. O grupo exigiu que o pastor ensinasse sobre deuses hindus e lesse textos sagrados do hinduísmo em vez da Bíblia. Ao se recusar e defender sua liberdade religiosa, Singh foi denunciado por membros do grupo radical Bajrang Dal — ligado à ala jovem do Vishva Hindu Parishad — e levado à prisão.
Durante a detenção, o pastor foi agredido por outros presos e libertado sob fiança em 4 de outubro. Sua casa foi confiscada pela polícia e sua família teve de fugir durante a noite, após novas ameaças e ataques de vizinhos instigados pelos extremistas.
O casal e seus dois filhos estão em local desconhecido. Desde sua conversão ao cristianismo, em 2018, a família já havia mudado várias vezes de residência devido à perseguição.
O episódio ocorre em meio à aprovação de uma nova lei “anticonversão” no Rajastão, sancionada em outubro, que restringe a liberdade religiosa e torna o estado o 12º da Índia a adotar esse tipo de medida.
A organização Portas Abertas classificou a Índia em 11º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2025. Segundo defensores dos direitos religiosos, o ambiente hostil aos cristãos tem se agravado desde que o primeiro-ministro Narendra Modi, do partido nacionalista hindu BJP, chegou ao poder em 2014.
Com informações de Morning Star News.
