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Quando João Batista viu os fariseus e saduceus vindo ao batismo, perguntou-lhes com firmeza: “Raça de víboras! Quem vos ensinou a fugir da ira vindoura?” (Mateus 3:7). Suas palavras ecoam até hoje como um alerta à religiosidade vazia e à falsa aparência de piedade.
Aquelas pessoas buscavam o batismo como um símbolo de segurança espiritual, mas sem o arrependimento genuíno que o Evangelho exige. Queriam livrar-se da ira de Deus, mas não estavam dispostas a mudar de vida. João os confronta para mostrar que não há escape da ira divina sem conversão do coração.
Vivemos tempos em que muitos tentam se livrar da ira de Deus por meios humanos — participando de campanhas, repetindo fórmulas e rituais, buscando bênçãos em troca de sacrifícios. No entanto, o verdadeiro caminho para escapar da ira divina não está em esforços religiosos, mas em submeter-se ao Evangelho da cruz.
Jesus disse: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me” (Lucas 9:23). A salvação não é um produto de barganha, mas o resultado de uma entrega sincera. Renunciar a si mesmo é o que o Evangelho exige — abrir mão do pecado, do orgulho e da vontade própria.
A ira de Deus não é evitada por quem busca atalhos, mas por quem se rende completamente a Cristo. Ele é o único refúgio seguro, o Cordeiro que tomou sobre si o castigo que era nosso. Fugir da ira de Deus é, portanto, correr para os braços de Jesus — e não das fórmulas humanas.
