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Tribunal russo prende pastor por críticas à guerra na Ucrânia

Pastor de 63 anos foi condenado a 4 anos por rejeitar a guerra em sermão, tornando-se o primeiro punido sob nova lei russa.
em
11 de setembro de 2025

O Rev. Nikolay Romanyuk, preso após um sermão em 2022 em Balashikha, Rússia, onde chamou a invasão da Ucrânia de "guerra não nossa".  Captura de tela do YouTube


Na última semana, o tribunal da cidade de Balashikha, na Rússia, condenou o pastor pentecostal Nikolay Romanyuk, de 63 anos, a quatro anos de prisão. O motivo foi um sermão de 2022 em que ele declarou que a invasão da Ucrânia “não era a nossa guerra”. Além da pena, ele ficará proibido de administrar sites por três anos, segundo o grupo de direitos humanos Forum 18.

Romanyuk, que sofre de sérios problemas de saúde, provavelmente cumprirá a sentença em um campo de trabalho. Sua prisão ocorreu em outubro de 2024, quando forças armadas invadiram sua casa e propriedades ligadas à igreja.

Durante o julgamento, o pastor defendeu que sua fala refletia apenas uma convicção cristã baseada na Bíblia, rejeitando qualquer forma de violência. Ele ressaltou que a doutrina de sua igreja é pacifista e que nunca incitou ações contra órgãos governamentais.

A filha do pastor, Svetlana Zhukova, afirmou nas redes sociais que o caso é “completamente inventado” e motivado por perseguição. Para ela, o pai está sendo punido apenas por expressar sua opinião.

O reverendo se tornou a primeira pessoa condenada sob o artigo 280.4 do Código Penal russo por criticar a guerra a partir de uma perspectiva religiosa. Seu advogado classificou a sentença como “cruel e injusta” e já anunciou recurso.

Organizações cristãs e líderes religiosos que se opõem à guerra consideram o caso um exemplo de intimidação contra vozes dissidentes.

Fonte: Christian Daily International

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