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Imagem ilustrativa/IA |
Ao longo de toda a Escritura, Deus deixa claro que o Seu povo deve refletir a Sua compaixão para com os pobres, os necessitados e os aflitos. Ignorar a dor do próximo e agir como se ele não existisse é uma atitude frontalmente contrária ao coração do Evangelho.
O livro de Provérbios adverte:
“Ao que desvia os ouvidos de clamar o pobre, ele também clamará e não será ouvido” (Provérbios 21:13).
Isso significa que fechar os olhos para a necessidade do outro não é um detalhe sem importância; é uma ofensa contra Deus. Quando escolhemos ignorar o sofrimento alheio, revelamos um coração endurecido que não entendeu a graça que recebemos em Cristo.
O exemplo de Jesus: a parábola do Bom Samaritano
Em Lucas 10:25-37, Jesus contou a parábola do Bom Samaritano justamente para confrontar a mentalidade de indiferença. Um homem estava caído à beira do caminho, ferido e desamparado. O sacerdote e o levita passaram por ele e seguiram em frente, como se aquele ser humano não existisse. Eles representam a atitude de muitos que enxergam, mas não se importam; percebem, mas não agem.O samaritano, porém, movido por compaixão, parou, cuidou das feridas do homem, colocou-o sobre o seu animal e o levou a uma hospedaria. Ele investiu tempo, recursos e esforço para salvar alguém que nem conhecia. ercebem, mas não agem.
O detalhe mais forte é que o samaritano era de um povo desprezado pelos judeus, mas foi justamente ele quem revelou o amor de Deus na prática por aquele judeu que estava caido e necessitado de socorro a beira do caminho.
Um paralelo com nossa realidade
Hoje, os pobres, os necessitados e os marginalizados estão diante de nós diariamente. Não se trata apenas de dinheiro, mas de estender a mão ao solitário, ao enfermo, ao faminto, ao discriminado. A pergunta é: estamos nos comportando como o sacerdote e o levita, passando de largo, ou como o samaritano, que se compadeceu?O apóstolo João também reforça esse chamado:
“Ora, aquele que possuir recursos deste mundo e vir seu irmão padecer necessidade e fechar-lhe o coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?” (1 João 3:17).
Não basta “sentir pena”; é necessário agir. A fé verdadeira é expressa em obras de misericórdia. Tiago afirma:
“Se um irmão ou uma irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, e algum de vós lhes disser: ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?” (Tiago 2:15-16).
Conclusão
Ignorar o necessitado é uma forma silenciosa de rejeitar a Cristo, pois Ele mesmo declarou:
“Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mateus 25:40).
Portanto, a parábola do Bom Samaritano é um chamado atual e urgente. Ela nos convida a abrir os olhos e o coração, a não passar de largo, a não fazer de conta que não vimos. Seguir Jesus é enxergar o necessitado e agir com amor, porque quem recebeu graça não pode viver de costas para a dor do próximo.