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Primeira Cúpula Africana sobre Liberdade Religiosa é considerada um marco e apelo à ação

Líderes religiosos, autoridades judiciais e representantes civis se reuniram no Quênia para defender a liberdade de crença no continente africano.
em
9 de julho de 2025

Danny Dewalt, vice-presidente sênior de Impacto Global e chefe de gabinete da Universidade Pepperdine; Dr. Paul Murray, vice-presidente internacional de Iniciativas de Liberdade Religiosa da Fundação Global Peace; Sua Excelência, a Sra. Alice Bola Obasanjo, ex-primeira-dama da Nigéria e copresidente da Cúpula da IRF na África; Jim Gash, presidente da Universidade Pepperdine; a Honorável Juíza Philomena Mbete Mwilu, EGH., vice-presidente da Suprema Corte do Quênia; o Honorável Juiz Alfonse Chigamoy Owiny-Dollo, presidente da Suprema Corte de Uganda; a Dra. Katrina Lantos Swett, copresidente da Cúpula da IRF e presidente da Fundação Lantos para Direitos Humanos e Justiça; o Embaixador Sam Brownback, copresidente da Cúpula da IRF e presidente do Comitê Nacional para Liberdade Religiosa.  IRFS


A cidade de Nairóbi, no Quênia, foi palco da primeira Cúpula Internacional sobre Liberdade Religiosa na África, realizada em junho de 2025. Com o tema “África Unida: Um Chamado Continental à Liberdade Religiosa”, o evento reuniu delegações de todo o mundo, incluindo líderes religiosos, autoridades jurídicas, acadêmicos e organizações civis.

A iniciativa foi promovida pela Pepperdine University, pelo Religious Freedom Institute (RFI) e pela Global Peace Foundation, com o objetivo de fortalecer a defesa do direito à liberdade de religião ou crença (FoRB) em um continente marcado por tensões e perseguições motivadas por fé.

“A cúpula é um momento decisivo para a África”, declarou Bola Obasanjo, copresidente do evento e ex-primeira-dama da Nigéria. O país dela é um dos mais afetados pela perseguição religiosa, com mais de 3 mil cristãos mortos e quase 3 mil sequestrados em 2024, segundo a Portas Abertas. Outros países como Ruanda, onde milhares de igrejas foram fechadas, também enfrentam severas restrições à liberdade religiosa.

Apesar dos desafios, o tom do encontro foi de esperança. Para o ex-embaixador dos EUA para a Liberdade Religiosa, Sam Brownback, a cúpula representa um ponto de virada para promover esse direito fundamental. “É uma oportunidade de reunir forças para proteger pessoas de fé por toda a África”, afirmou.

Durante o evento, diversos painéis abordaram temas como o papel dos líderes religiosos, os desafios da regulação estatal, os valores africanos de convivência e as inovações judiciais para proteger a liberdade de crença. Um dos destaques foi o debate sobre o conceito Ubuntu — “Eu sou porque nós somos” — como base para reforçar o respeito à diversidade religiosa no continente.

Depoimentos comoventes de vítimas de perseguição deram um tom pessoal ao evento. Um dos relatos mais impactantes foi do nigeriano Mubarak Bala, preso por blasfêmia. Os testemunhos reforçaram a urgência de ações concretas.

A vice-presidente da Suprema Corte do Quênia, Philomena Mwilu, destacou a importância de uma justiça baseada nos princípios constitucionais e valores africanos. Além disso, líderes do Judiciário africano discutiram soluções jurídicas e modelos de resolução de conflitos adaptados às realidades locais.

Mesmo diante de protestos pacíficos em Nairóbi durante a cúpula, o evento reuniu uma multidão no Safari Park Hotel, demonstrando o compromisso firme com a causa. “Esta não é apenas uma conferência, é um chamado à ação”, concluiu o Dr. Paul Murray, da Global Peace Foundation.

Com informações de Christian Daily