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Cresce o temor de novos massacres contra cristãos no estado de Benue, Nigéria

Após o massacre de até 200 cristãos na vila de Yelwata, a população teme novos ataques por milícias Fulani.
em
26 de junho de 2025

Foto Representativa (REUTERS/Temilade Adelaja)


O estado de Benue, na Nigéria, enfrenta uma escalada alarmante de violência contra cristãos. Nos dias 13 e 14 de junho, a vila cristã de Yelwata foi alvo de um massacre brutal atribuído a pastores Fulani armados. A Fundação para Justiça, Desenvolvimento e Paz, ligada à Diocese de Makurdi, estima que até 200 pessoas foram assassinadas. Entre as vítimas estavam mulheres, crianças e idosos, alguns queimados vivos.

Durante o ataque, militantes tentaram invadir uma igreja onde cerca de 700 deslocados estavam abrigados. A polícia impediu a entrada na igreja, mas os agressores se dirigiram ao mercado, onde incendiaram abrigos e abriram fogo contra centenas de pessoas.

Dias depois, em 18 e 23 de junho, a vila de Yogbo também sofreu ataques semelhantes. Milícias armadas foram vistas cercando a área, pastoreando gado em terras cristãs e bloqueando estradas. A população teme um novo massacre em larga escala.

Líderes religiosos identificaram os agressores como militantes Fulani e criticaram a resposta das forças de segurança. Eles acusam o governo de omissão e alertam para um possível plano de limpeza étnico-religiosa no país.

O governador de Benue, o padre católico Hyacinth Alia, confirmou que os suspeitos são pastores Fulani. Já líderes cristãos, como os pastores Yusufu Turaki e Isa El-Buba, denunciam que os ataques fazem parte de uma guerra contra os cristãos na Nigéria.

A Nigéria lidera o ranking de cristãos mortos por sua fé no mundo. Segundo a organização Portas Abertas, 3.100 dos 4.476 assassinatos registrados em 2025 ocorreram no país. Além dos Fulani, grupos jihadistas como Boko Haram, ISWAP e o novo grupo Lakurawa também promovem ataques, sequestros e massacres em diferentes regiões.

Organizações cristãs e bispos de todo o país clamam por intervenção internacional e pedem ao governo nigeriano que atue com urgência para proteger sua população.

Fonte: Christian Daily International – Morning Star News, ACN, Portas Abertas