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Imagem ilustrativa (Pixabay) |
Em uma decisão rara, a Justiça do Paquistão autorizou a emissão de um novo documento de identidade para uma mulher que havia se convertido do islamismo ao cristianismo. A ordem partiu do Tribunal Superior de Lahore após anos de negativa por parte da autoridade de registros do país (NADRA).
A mulher, cujo nome foi mantido em sigilo por segurança, se converteu em 2009 e se casou com um cristão meses depois. Mesmo com cinco filhos e vivendo de forma estável no sul do Punjab, ela enfrentou constante recusa ao tentar atualizar sua fé nos registros oficiais.
O advogado cristão Lazar Allah Rakha, contratado com apoio da Christian Solidarity International, afirmou que a NADRA chegou a ameaçá-la por abandonar o islamismo, rejeitando documentos como a certidão de batismo e casamento.
No dia 1º de julho, o juiz Shahid Karim considerou que o caso deveria ser tratado como erro de registro e ordenou a correção da fé para "cristianismo" na identidade da mulher. O advogado classificou a recusa anterior como violação direta da Constituição paquistanesa, que garante liberdade religiosa.
Apesar de a apostasia não ser oficialmente criminalizada no país, há riscos legais sob as leis de blasfêmia e forte estigma social, o que leva muitos convertidos a manterem a fé em segredo.
De acordo com a política atual da NADRA, muçulmanos não podem alterar sua religião para outra nos documentos, ao contrário de convertidos ao islamismo. O Paquistão está entre os países mais hostis ao cristianismo, ocupando a 8ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2025, da Portas Abertas.
Com informações de Christian Daily International – Morning Star News