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| Imagem Ilustrativa |
Vivemos uma era em que ser “cristão” se tornou, em muitos ambientes, uma marca cultural. O termo deixou de representar apenas uma fé sincera em Cristo e passou, em certos círculos, a simbolizar um estilo de vida, uma estética, um rótulo social. O que antes era perseguição e renúncia, agora muitas vezes se apresenta como tendência e visibilidade.
O fenômeno “gospel” cresceu — na música, na moda, nas redes sociais e até na economia. Isso, por um lado, revela que há espaço para a mensagem cristã, mas, por outro, levanta uma questão inquietante: até que ponto o “gospel” reflete o Evangelho?
O Evangelho é, por essência, contracultural. Ele confronta o pecado, chama à conversão e aponta para uma vida de santidade. Já o “gospel”, em sua versão mais popularizada, muitas vezes busca aceitação, sucesso e aplausos. Troca-se a cruz por curtidas, o arrependimento por entretenimento e a comunhão por seguidores.
Há cristãos que se dizem “de Jesus”, mas pouco se parecem com Ele. A busca por aceitação social supera o desejo de obediência. O discurso é suave, mas a prática é vazia. Pregam amor sem verdade e graça sem arrependimento. E o resultado é um cristianismo superficial, que agrada aos homens, mas não transforma o coração.
Entretanto, ainda existem muitos que vivem a fé de forma autêntica — que choram por seus pecados, que amam o próximo em silêncio, que não buscam fama, mas fidelidade. São esses que mantêm viva a chama do Evangelho em meio à cultura do espetáculo.
O cristão verdadeiro não segue o modismo do momento, segue a Cristo. Ele entende que o Evangelho não é sobre sucesso terreno, mas sobre redenção eterna. Ser cristão nunca foi sobre “fazer parte de um grupo”, e sim sobre ser transformado pela graça.
Que voltemos, então, ao Evangelho puro e simples — aquele que não precisa de adjetivos, pois o poder está em sua verdade. O Evangelho não é um produto a ser consumido, mas uma mensagem a ser vivida.
