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Foto: Omar AL-QATTAA / AFP |
Em um desdobramento diplomático de grande impacto, Israel e o Hamas anunciaram um cessar-fogo que entrou em vigor nesta sexta-feira, ao meio-dia, segundo o Exército israelense.
De acordo com os termos do acordo — mediado pelos Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia —, o Hamas terá 72 horas para liberar os reféns israelenses ainda em sua custódia, tanto vivos quanto os corpos dos mortos.
O plano é parte da “fase 1” de um projeto de paz apresentado pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, que propõe troca de prisioneiros: no acordo, Israel deve libertar centenas de presos palestinos — dentre eles mulheres, crianças e detidos de longo tempo — em retribuição ao retorno dos reféns.
A implementação do cessar-fogo envolveu também uma retirada parcial das tropas israelenses de áreas urbanas de Gaza, com reposicionamento para linhas previamente acordadas dentro de 24 horas após a ratificação do pacto.
Reações e desafios
Entre os palestinos deslocados, a suspensão dos bombardeios permitiu que milhares retornassem à espera de notícias e reconstrução, mesmo diante da devastação que reina em muitos bairros.
Por outro lado, autoridades israelenses afirmam que, apesar da trégua, as forças permanecerão “em posições de segurança” até que todas as condições sejam cumpridas.
Analistas advertem que esse cessar-fogo é apenas um primeiro passo nesse conflito de longa duração — sua efetividade dependerá do cumprimento das cláusulas, da fiscalização internacional e da disposição política de ambas as partes para avançar a negociações mais profundas, especialmente sobre reconstrução, governança em Gaza e eventual desarmamento do Hamas.
Se o cronograma for respeitado, o país poderá testemunhar nas próximas horas a libertação de dezenas de prisioneiros israelenses — um feito simbólico e humano que pode reconfigurar o cenário no Oriente Médio.
