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A Escritura nos mostra que a lei dada por Deus a Moisés tinha um propósito claro: revelar o caráter santo de Deus e expor a condição pecadora do homem.
Paulo declara em Romanos 3:20:
“...pela lei vem o conhecimento do pecado.”
A lei era justa, santa e boa (Rm 7:12), mas ao mesmo tempo implacável, pois exigia obediência perfeita e não oferecia meios para justificar o homem. Ela funcionava como um espelho: mostrava as manchas, mas não podia limpá-las. Por isso, a lei não era defeituosa, mas revelava a nossa incapacidade de cumprir os padrões divinos por nós mesmos.
É nesse ponto que a graça se manifesta em Cristo. João 1:17 afirma:
“Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.”
Jesus não veio para anular a lei, mas para cumpri-la plenamente (Mt 5:17). Ele obedeceu em tudo, tornando-se o Cordeiro sem mácula (1Pe 1:19). Ao entregar-se na cruz, assumiu sobre Si a condenação que a lei trazia a cada pecador. Assim, a justiça da lei foi satisfeita em Cristo, e a graça foi liberada sobre nós.
O apóstolo Paulo explica em Gálatas 3:13:
“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós...”
Isso significa que o peso da lei – que condenava – foi cravado na cruz (Cl 2:14). A lei apontava para Cristo, e em Cristo ela encontrou o seu cumprimento. O resultado é que já não estamos mais debaixo da condenação, mas debaixo da graça (Rm 6:14).
Portanto, a graça não é licença para pecar, mas poder para viver em novidade de vida. A lei escrita em tábuas de pedra foi agora escrita em nossos corações pelo Espírito Santo (Hb 8:10). Antes, o homem tentava obedecer pela força da carne; agora, a graça nos capacita pelo Espírito.
Em resumo:
• A lei mostra o pecado, mas não salva.
• A graça, em Cristo, perdoa o pecado e transforma o pecador.
• O sacrifício de Jesus não desprezou a lei, mas a honrou, cumprindo-a em plenitude e concedendo-nos acesso livre ao Pai.
Assim, podemos declarar com o apóstolo Paulo:
“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.” (Rm 8:1)
A lei revelou nossa necessidade; a graça revelou o amor de Deus. Na cruz, justiça e misericórdia se encontraram (Sl 85:10). Por meio do sangue de Cristo, não vivemos mais tentando alcançar Deus por esforço, mas desfrutamos da reconciliação já realizada.