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(Foto: Wiki Commons / via Portas Abertas) |
O mês de junho foi marcado por tragédias que abalaram a comunidade cristã em Honduras. Três pastores foram assassinados em diferentes regiões do país, gerando comoção e levantando alertas sobre a crescente violência contra líderes religiosos.
O caso mais recente foi do pastor Elías Guardado, encontrado morto em uma área de mata na cidade de Lempira. O corpo estava enrolado em um lençol branco e apresentava marcas de tiros. No dia em que desapareceu, a família tentou contato, mas achou que fosse algo simples, como o celular descarregado. Mesmo assim, divulgaram um alerta nas redes sociais. Quando a polícia encontrou o corpo, a notícia chocou a todos. Elías era muito querido pela igreja e conhecido por seu trabalho dedicado com a comunidade.
Além dele, os pastores Yonis Zepeda e Hipólito Montes também foram mortos a tiros dentro de suas casas. A organização cristã Portas Abertas está acompanhando o caso e investiga se as mortes estão ligadas ao papel de liderança que os três exerciam nas igrejas.
Ninguém sabe o motivo, mas o problema é grave
Ainda não se sabe por que os pastores foram mortos, mas o cenário é preocupante. Segundo a Portas Abertas, entre janeiro de 2023 e setembro de 2024, houve 22 assassinatos, quatro tentativas de homicídio e 25 ameaças de morte contra cristãos em Honduras.O governo local reconhece que líderes religiosos estão sob risco, principalmente quando denunciam crimes em regiões dominadas por gangues e cartéis. Convertidos que deixaram a vida no crime para seguir a fé cristã também se tornam alvos.
De acordo com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Honduras é o país mais violento da América Central e o segundo com maior número de homicídios nas Américas. Em locais controlados por criminosos, até participar de um culto ou andar com uma Bíblia pode colocar vidas em perigo.
Diante dessa realidade, a Portas Abertas está oferecendo treinamentos para pastores e apoio psicológico às famílias que enfrentam essas perdas. “Sabemos que os traumas não desaparecem sozinhos. O corpo pode até estar seguro, mas a alma continua machucada. Por isso, nosso trabalho também é emocional e espiritual”, contou Laura, que atua como parceira da organização no país.
Com Informações de Portas Abertas