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Corpos de cristãos desaparecidos são encontrados na Colômbia

Oito pessoas que estavam desaparecidas desde abril foram encontradas mortas; antes de serem executadas, foram forçadas a cavar a própria cova
em
7 de julho de 2025
(Foto representativa)

O governo da Colômbia confirmou a localização de uma cova coletiva com os corpos de oito pessoas que estavam desaparecidas desde abril na região de Guaviare. Sete delas eram cristãs, incluindo o líder de uma igreja local.

As vítimas foram encontradas na zona rural do município de Calamar. De acordo com as investigações, elas haviam sido abordadas por integrantes da Frente Primero del Estado Mayor Central, um grupo armado dissidente das FARC. Até então, eram consideradas desaparecidas.

O caso ganhou novos rumos após a prisão de um dos envolvidos. Imagens encontradas em seu celular indicavam o local onde os corpos estavam enterrados e revelaram detalhes chocantes: as vítimas foram obrigadas a cavar a própria cova antes de serem executadas.

Entre os mortos estavam Isaíd Gómez e Maribel Silva, casal conhecido por sua atuação evangelística na região e pais de duas crianças. Também foi identificada Maryuri Hernández, mãe de uma menina de cinco anos e envolvida com o trabalho pastoral em sua comunidade.

As oito pessoas haviam fugido da região de Arauca, tentando escapar da violência gerada pelos constantes confrontos armados. Mudaram-se para Guaviare em busca de segurança e uma nova vida.

O que se sabe sobre o caso?

Segundo a polícia colombiana, as vítimas podem ter sido assassinadas por suspeita de envolvimento com o ELN, grupo armado rival que atua em Arauca e disputa o controle de rotas de tráfico na região de Guaviare. Essa suposição teria motivado os integrantes da Frente Primero a sequestrá-las.

Relatórios indicam que, após o sequestro, o grupo levou as vítimas de barco até uma área isolada, onde as execuções ocorreram. Inicialmente, os criminosos negaram envolvimento, mas diante da insistência dos familiares por respostas, chegaram a fazer ameaças veladas, pedindo o encerramento das investigações.

Famílias expressam gratidão pelas orações

Com a confirmação das mortes, os familiares agradeceram pelas orações feitas desde o desaparecimento e pediram que a igreja continue intercedendo. A comunidade está em luto e teme o agravamento da violência na região.

Grupos armados frequentemente veem igrejas como ameaça, especialmente ministérios que atuam na recuperação de dependentes químicos ou no resgate de pessoas envolvidas com o crime. A organização Portas Abertas, que acompanha a situação de cristãos perseguidos, continua presente na região e solicita orações pelas famílias das vítimas e pelos cristãos locais que vivem sob risco constante.

Com informações de Portas Abertas.