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A excelência do caminho com Deus

Uma reflexão profunda sobre o verdadeiro sentido do amor, da paz e da confiança no caminho da vida com Deus.
em
13 de julho de 2025
(Imagem: Pixabay)

Com o tempo, tenho percebido que o verdadeiro caminho da vida é feito de paz e confiança. Mas também vejo como somos, muitas vezes, apegados ao sofrimento. Quando passamos muito tempo nos sentindo bem, algo dentro de nós estranha. É como se precisássemos de dor para sentir que estamos vivendo de verdade.

Isso acontece porque, no fundo, carregamos uma ideia de que a verdadeira virtude está ligada ao sofrimento. De forma inconsciente, nossa cultura religiosa associa bondade à dor. Parece que, para sermos bons ou espirituais, precisamos sofrer. Assim, passamos a ver o sofrimento como algo moralmente correto. E, por outro lado, sentir-se bem sem esforço pode até nos causar um sentimento de culpa.

Até mesmo o amor, que deveria ser fonte de alegria e vida, muitas vezes é medido pela capacidade de sofrer. Passamos a acreditar que amar está atrelado a um sofrimento profundo. Afinal, a Bíblia diz que o amor tudo sofre, não é? Mas esse “sofrer tudo” não significa se apegar à dor. Significa que o amor é tão completo, tão absoluto, que ele está acima do tudo e do nada. O amor simplesmente é — ele existe antes de qualquer outra coisa. É dele que vem tudo o que existe e até o que não existe. E Deus, que é amor, não pode ser limitado nem ao tudo, nem ao nada. Em Deus, tudo e nada se encontram e, a partir disso, nasce o ser e o existir.

A paz e a confiança surgem quando enxergamos Deus assim: como esse amor maior, que sofre tudo, mas não se abala com nada. No entanto, muitos de nós ainda acreditam que só é bom aquilo que custa sofrimento. E que o prazer pertence ao mal. Isso nos faz sentir culpa quando estamos bem, como se não merecêssemos.

Jesus nos mostra o contrário: Ele sentia dor e alegria, mas tudo em Seu coração vinha do amor. Nele, o amor se expressa de todas as formas — até mesmo no silêncio ou no choro. Isso nos ensina que a vida verdadeira não está em fugir da dor ou buscar só o prazer, mas em confiar que tudo coopera para um propósito maior.

Quando paramos de dividir a vida entre o que é “bom” e o que é “ruim”, e simplesmente aceitamos o que é, nasce em nós a confiança. E com ela, vem a paz. Essa é a verdadeira vida abundante.

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